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UNIVERSO

Se o primeiro capítulo do acervo Miragem teve uma abordagem lúdica, que introduzia os conceitos ópticos de espelhismo e brincava com uma cenário imaginário (se você ainda não leu o primeiro texto: leia aqui), nosso segundo capítulo explorou efeitos e visuais bastante fiéis à realidade.


Halo em tradução livre do inglês significa auréola, qualquer círculo luminoso ao redor de um objeto. No nosso caso esse objeto é a grande estrela de nosso sistema solar: o Sol. Esse fenômeno de Miragem chamado Halo consiste na presença de um grande círculo luminoso ao redor do Sol, geralmente em dias muito quentes, que por vezes se assemelha a um arco íris. Essa áurea é fruto de refrações da luz solar, em resumo quando nuvens formam-se a determinada altitude, os raios de luz refletem de maneira a criar esse arco colorido e luminoso, isso porque essas nuvens em específico são formadas por pequenos cristais de gelo de formato hexagonal. De forma prática podemos lembrar do prisma que recebe luz branca e reflete diversas luzes coloridas, o processo no caso dessas nuvens é o mesmo, o que gera essa visão de arco íris ou de reflexo luminoso ao redor do Sol.


Nas joias da família Halo nós transportamos esse conceito visual através de lapidações e montagens minuciosas. No centro do anel temos um citrino com lapidação espelho (a mesma dos quartzos fumês da família Oásis), que recebem lapidações em mais faces da sua base, fazendo com que a pedra ganhe, além de profundidade, mais brilho e potência de cor. Esse citrino faz aqui a função do nosso Sol amarelo, luminoso e intenso e que precisaria brilhar solto de qualquer interferência, tendo a sua volta o arco de luz. Por isso, lapidamos um cristal de rocha totalmente transparente, que se acomoda delicadamente no aro redondo e recebe o citrino em seu centro. O fundo será sempre a pele de quem veste o anel, com a sensação de que a pedra está completamente solta do restante da joia. Finalizando o desenho da Miragem, a borda dourada e polida abraça da forma mais sútil possível o cristal de rocha, transportando o arco de luz para esse desenho extremamente delicado e potente.


No anel Halo nós adicionamos uma, na verdade duas delicadezas nas laterais do aro que sustenta o topo dessa nossa Miragem. Uma safira laranja de cor intensa está presente em cada lada do aro, adicionando mais brilho para a joia e trazendo também o calor dos dias ensolarados em que esse fenômeno óptico costuma acontecer.

anel citrino, safiras e cristal de rocha da joalheria wee
anel halo



Vinícius

Nosso acervo Miragem surgiu a partir de um quartzo fumê com uma lapidação diferente das habituais e que um fornecedor nos presenteou com algumas unidades para criamos livremente, sem pré concepções. Essa lapidação é denominada espelho e, como seu próprio nome diz, essa forma de lapidar pedras preciosas traz profundidade e reflexos simétricos a partir dos caminhos da luz refletidos nas faces da pedra. Esses percursos luminosos acontecem também em grandes escalas e diferentes superfícies, muitas vezes corriqueiros em nosso dia a dia, são fenômenos ópticos chamados de Espelhismo, ou também conhecidos como Miragens.


Em resumo, superfícies muito quentes ou muito frias deformam as trajetórias de raios de luz, causando o que habitualmente chamaríamos de alucinações, enquanto na realidade são reflexos de imagens que existem de verdade. A partir desse entendimento de Miragens (ou fenômenos ópticos), nós passamos a explorar o quartzo fumê que tínhamos em mãos dentro da história mais conhecida e corriqueira que nos vem a mente quando pensamos em uma Miragem: o famoso Oásis.


Oásis são lugares reais, é verdade que é possível encontrar uma porção de água em meio às dunas do deserto, mas nossa perspectiva partiu de um lugar mais lúdico, de uma lembrança infantil presente em desenhos animados onde o personagem com sede e muito calor mergulha em um lago cercado de palmeiras para finalmente se refrescar, porém acaba enterrado em mais areia ao perceber que aquele Oásis não passava de uma alucinação. Isso tudo porque, como você já deve ter presenciado, em dias muito quentes é comum vermos na areia da praia, nas estradas ou até mesmo no campo gramado, imagens tremulas com reflexos distorcidos de porções do céu ou da paisagem ao redor. Esse é o fenômeno óptico de Miragem que explicamos no começo do texto e que serve como referência para as situações dos desenhos animados.


Como toda essa história foi transportada para as joias? Bom, nós assumimos que o quartzo fumê seria nosso Oásis e estaria no centro da joia, uma vez que foi o cerne criativo de todo acervo e responsável pela pesquisa das Miragens que estariam por vir. Já as referências mais lúdicas foram então transportadas para o corpo do anel, do centro aos extremos da seguinte forma: O quartzo fumê central é emoldurado por um volume que se solta do topo do anel através de recortes vazados com a intenção de algo que parece difícil de alcançar, mas ao tempo é sólido e inebriante. Seu acabamento Vermeil com textura levemente granulada faz referência à areia quente do deserto que próxima ao Oásis se destaca de seu entorno infinito. Já o aro do anel em prata polida assume as repetições incansáveis das dunas em meio a imensidão do deserto através de vincos circulares que não apresentam começo nem fim.

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Esse é o primeiro capítulo do acervo Miragem, que se apropria de alguns conceitos físicos do que são Miragens verdadeiramente, mas também brincam com um conceito lúdico e divertido do entendimento sobre Oásis. O ponto de partida para os próximos quatro capítulos. Conheça o restante das joias Miragens:




Vinícius


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A WEE nasceu como sinônimo de minimalismo, aquilo que nos é essencial e único. Ao longo do amadurecimento da marca, simbologias atreladas ao mundo da joalheria foram sendo absorvidas junto à tudo que nos é assimilado cotidianamente em diferentes campos culturais, ambientais, sociais e tecnológicos, acumulando assim representatividade.


O essencial que então se transforma em essência. Essência que sempre esteve e está exatamente na potencia única que carregamos como indivíduos, com o objetivo de expressar aquilo que não é comum à todos, tão pouco nos define e limita, mas sim potencializa identidades únicas, e o mais importante, sem redefini-las.


O espaço de acolhimento da loja, no qual materiais refletivos e metálicos encontram materialidades sólidas e sutis, inverte certas lógicas rígidas do que se espera de uma joalheria. Aqui, o carpete que reveste o piso e aquece o ambiente se transforma também em luminária, destacando o balcão expositivo, que apesar de espelhado é uma grande massa sólida e robusta. A escolha dos mostruários, que destacam as joias expostas, também segue a lógica da contraposição, assim como a prata e o ouro, que são metais rígidos e de toque frio, encontram a sutileza e o toque quente da nossa pele, o suede e inox são utilizados de maneira conjunta, representando dois universos opostos e também complementares. Essa mesma lógica se repete no encontro entre o carpete e o metal que reveste as paredes em meia altura e é arrematado por um perfil metalizado, reproduzindo uma ferramenta de decoração clássica, os rodameios, em uma composição simbólica e atual.


Em contraponto a todo esse olhar contemporâneo e assumindo a força que a tradição e a história representam na joalheria, todos os demais móveis (com exceção do balcão expositivo) são garimpos das décadas de 60 a 80 ou móveis das famílias dos fundadores que já não teriam mais uso. Como na sala de atendimento reservado para desenvolvimento de projetos sob demanda, que mistura mesa e aparador da família com espelho de piso de Roger Legal dos anos 1970, cadeiras em alumínio dos anos 1980 re estofadas com tecido metalizado e arandelas da Lustres Pelotas dos anos 1960.


A sensação que trazemos através da marcação rígida de geometrias, dos encontros e oposições entre materiais e revestimentos, além de apresentar escolhas únicas dentro do universo da WEE e reforçar a importância de assumirmos nossas próprias identidades, sugere também o ato de imergir em uma grande caixa de joias, de onde surgiu o nome do nosso espaço WEE BOX.



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Vinícius

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