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UNIVERSO

  • WEE
  • 3 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

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Quando a cidade de São Paulo fez 450 anos, em 2004, participei de um concurso de fotografia promovido pela ACESC. Eu tinha 10 anos na época e meu pai me levou em alguns pontos de SP para eu fotografar. Eu me lembro de como todas aquelas construções e lugares eram novidade para mim. Meu pai, que herdou o gosto pela fotografia do meu avô, estava naquele momento tentando me passar também. Me ajudava a segurar a câmera, que eu achava imensa por sinal, sugeria ângulos, falava para eu pensar direito nos enquadramentos…


Bem, eu ganhei o concurso e recebi um troféu em prata e acrílico. A foto com a qual participei chamava “Tocando o azul”, sugestão de meu pai inclusive. E foi a partir dai, a partir desse olhar do meu pai, que passei a sempre olhar para cima e reparar no céu junto as construções das cidades.


Compartilho aqui alguns dos meus #frameswee que tem o céu como fundo, sempre o melhor entorno para a arquitetura!


Talita



  • WEE
  • 28 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

aneis em prata com turmalina, safira e rubi

Em tempos de constante turbulência, resgatar lembranças foi nosso meio de buscar calmaria e uma certa segurança. Respirando memórias, conseguimos abstrair um pouco das frustrações do nosso presente e dúvidas sobre o futuro. Voltamos nossas atenções para o divertimento e o prazer em criar.


Em 2014 viajamos para Ouro Preto e Inhotim, ainda durante a faculdade de arquitetura. Uma experiência muito rica, que misturou arquitetura colonial, barroca e contemporânea, explorou obras de arte da história brasileira e também os mais diversos movimentos artísticos globais. Apesar do universo incrível que estávamos vivenciando, um outro mundo começava a despertar interesse em nós. Na época, a WEE não existia e, honestamente falando, não era nem se quer um projeto futuro. A Talita sempre teve grande interesse pelo desenho de uma joalheria geométrica, limpa e repleta de detalhes, enquanto a cidade de Ouro Preto exibia seu forte histórico de mineração de pedras preciosas.

O ar que respirávamos parecia apontar em uma direção que desconhecíamos há seis anos. A paixão que existia dentro da Talita decidiu que a recordação dessa viagem seriam cinco pedras preciosas, mesmo sem um propósito claro na época. Granada, Rubi, Esmeralda, Turmalina e Safira voltaram para São Paulo com a gente numa longa viagem de ônibus e, desde então, permaneceram como uma lembrança, numa caixinha que a Talita guarda vários “pertences” sentimentais e vira e mexe, pego ela olhando para esses itens guardados.

aneis em prata com granada e esmeralda

Nesses (vários) dias em casa, foi muito bom reviver os momentos dessa viagem, a inspiração fluiu naturalmente, nos sentimos bem criando, desenhando e fugindo da realidade de alguma forma.


Talvez a arquitetura geométrica e precisa das galerias em Inhotim, talvez o relevo de Ouro Preto que revela paisagens inesperadas ou ainda os valores imateriais da história em contraste com a forte presença de pedras preciosas deram vida a cada um dos cinco anéis em prata, que abraçam sua pedra preciosa como se fossem feitos um para o outro, cada qual com sua história, carregando seu próprio significado e resultando em um único corpo em equilíbrio.


Sem dúvidas foi um grande desafio para nós produzir a distância pela primeira vez. Nossos parceiros estão todos trabalhando de suas próprias casas e a troca por mensagens, áudios e imagens foi constante, para, finalmente, compartilharmos com você essas criações únicas, que carregam a energia e aprendizado de um momento também único em nossa vida. Reforçando a certeza de que todo passado, lembrança e memória têm um forte poder de se recriar e reinventar em momentos que nos sentimos inseguros e que olhar para trás pode trazer muito aprendizado e autoconhecimento sempre!


Vinícius






  • WEE
  • 2 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Eu sempre gostei de processos. Sempre me encantei por acompanhar alguma obra perto de casa dia após dia, vendo os andares aumentarem pouco a pouco; por ver, a cada 3 min, um bolo crescendo no forno; um time-lapse de pôr do sol, que exalta como as cores do céu mudam…


Acho que por gostar tanto de processos, sinto um prazer enorme em fazer parte deles, principalmente. Por isso, queria compartilhar com você como uma joia da WEE é desenvolvida e seus encantos de cada processo.


Bem, muito antes de qualquer esboço de uma peça vem uma grande pesquisa. Esse estudo muitas vezes é norteado por alguma influência que tivemos ou alguma vivência nossa. Eu, que sou nostálgica por natureza, sempre me envolvo muito nessa parte, como que se estivesse vivendo toda aquela lembrança de novo.


prototipo de joias

Com todas essas sensações, emoções e informações internalizadas, começamos a transferir para o papel. Essa fase costumamos fazer separados. Digo separados eu e o Vinícius, para termos visões diferentes. Assim, quando nos juntamos para apresentar esses esboços, temos uma troca muito enriquecedora, com olhares diferentes sobre um mesmo “tema”.


Depois de alinharmos e definirmos os esboços que irão para frente, vamos dizer assim, damos início aos desenhos técnicos. Que basicamente são desenhos bem detalhados e com todas as informações necessárias para a produção da peça no ateliê. Aqui, levamos muito tempo desenhando, ampliando detalhes, buscando por resoluções que funcionem melhor em cada peça, prevendo possíveis questões que possam surgir… Agradeço à arquitetura por ter nos dado essa base tão boa, aliás.


Com esses desenhos prontos, corremos para o ateliê que nem criança quando quer comer logo o brigadeiro da festa sabe? Até porque estamos próximos de ver o que desenvolvemos com tanto afeto!

criação de joias

Quando o protótipo fica pronto então… Eu particularmente não me aguento e queria já sair usando e mostrando para todo mundo. MAS, o protótipo serve para analisarmos a peça como um todo e seus detalhes, por isso acabo usando por dias também. Vemos o peso dela, afinal uma peça muito pesada pode ser algo incômodo; afinamos detalhes e/ou mudamos alguns que no papel estavam legais, mas na peça em si não é tão legal assim; decidimos sobre o acabamento, se será polido, acetinado, fosco, com textura; analisamos se o tipo de cravação que havíamos pensado está funcionando e favorecendo a pedra… Enfim, essa etapa é regada por muita informação técnica também, que envolve tanto a parte do metal, quanto das pedras. É quando todas as “partes” envolvidas na produção da peça se alinham para produzir então a peça final. Claro, que, normalmente, são necessários vários protótipos para finalmente deixarmos a peça da maneira perfeita.



Com o protótipo aprovado em todos os seus mínimos detalhes, começa a fase que chamo de: ansiedade da Talita. Todos que trabalham conosco sabem o quanto eu fico ansiosa! Pior que não é nem uma questão de acharem ruim, é por ser de certa forma engraçado mesmo. Eu realmente não vejo a hora de ver aquela peça que depois de tanto estudo, tantos desenhos, tantas idas e vindas no ateliê, ficar pronta. É como se fosse um sonho se tornando realidade, sabe?


Mas, melhor do que vê-la pronta é acompanhar todo o processo dela, processo esse que me fez escrever esse texto. Ver o metal sendo derretido para misturar a liga, virando chapa, tomando forma, sendo soldado, sendo lixado, vendo suas pequenas partes se juntando e se transformando em um todo, é realmente muito impressionante. É, de fato, uma arte. Nós admiramos muito esse trabalho artesanal tão minucioso dos ourives que trabalham conosco. Quando esse processo vai chegando ao fim, quando a peça vai para polidora e toma seu banho de ródio, uma parte de mim até fica com saudades antecipadas.

produção de joias

Porém, tem aquela outra parte de mim que está radiante e muito feliz com o resultado. E quando a peça é finalizada, começa uma nova etapa: de pensar nas fotos. Mas esse é um outro assunto que conto em uma próxima vez!


E vocês, gostam de acompanhar processos?



Talita


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